quinta-feira, 1 de outubro de 2015

CIRANDA DE SENTIMENTO


Canto um sonho de ilusão
No tom da saudade e do amor
Tanjo as cordas do coração
Com a alegria que me restou

Eu me desfaço da tristeza
Sentindo frio no calor
Remo a razão na beleza da vida
Sem sentir dor

Êh! Ciranda,
Ciranda de sentimento
Êh! Ciranda,
Nessa ciranda vamos viajar no vento

Não busco a delicadeza
Do sonho que já passou
Basta somente a clareza
Do tempo que não ficou

Quero outra voz no meu canto
Mão afinada na corda
Que cante a beleza e o encanto
Comigo na mesma roda

Êh! Ciranda,
Ciranda de sentimento
Êh! Ciranda,
Nessa ciranda vamos viajar no vento

Ó cirandeiro, cirandeiro ó
A pedra do teu anel
Brilho mais do que o sol

(Duda Flores)

DISCRETO AMOR




Como pode o amor
Ser tão discreto
Se divide na distância
Tantas luas
Como pode enfim
Ser tão secreto
Se em rua deserta
Você me abraça nua
É assim que o amor me encanta
Na claridade da beleza na entrega
Há febre no corpo há encantos
Um ninho de canções e de poemas
O amor conhece o jeito certo
Tudo que é gostoso no amor
Entre segredos seja aonde for
Saciamos enfim nossos desejos
Entre as pernas e os braços
Deitamos sem ter medo de nós dois
Pouco importa se é frio ou calor
O que queremos é o nosso amor...

(Duda Flores)

É ISSO AÍ




Decifráveis devaneios
Apuro a consciência
Sei que existe um torneio
Entre mim e a existência
No impasse fica eu
A lhe ver passar por mim
O amor é só o meu
Por isso não chega ao fim
Sentada aqui no chão
Começo a contar estrelas
O destino me obriga
A ser boa sem razão
Eu não vejo um lugar
O natural se mostra oposto
Eu nunca aprendi a cantar
Não sei o seu canto novo
Deixe-me fazer isso ou aquilo
Eu diminuo as palavras
A minha pressa é toda
E o tempo faria igual
Incomunicado é o amor
Se perde o brilho...
Não se concilia...
É isso aí... É isso aí ...

(Duda Flores)

AFINAÇÃO SEM RIMA




Quero versos com sonoridade
Que cada verso traga
A sincronia dó-re-mi-fá

Não quero versos de nada...
Um verso que possa ser cantado ou rezado
Na altivez da alma na sensibilidade da voz
Canto que mexa com o corpo
Reza que nos deixa a sós
Quero cantar e rezar

Não quero versos de nada...
Quero versos que tragam o louvor
Do dó-re-mi-fá do amor.
Quero versos com sonoridade.

(Duda Flores)

ÉS TU



Esse homem cheio de saudades
E desejos controlados
Que me adora tanto
E que eu tanto amo
Esse homem
Disfarça o tempo
Entende as estrelas
Canta canções
E faz poemas
Esse homem que fica só
Sozinho sonha nas madrugadas
Espera o dia espera o sol
E me espera nas horas exatas
Única alegria a minha chegada
Esse homem cheio de vontades
Que me adora tanto
E que eu tanto amo

(Duda Flores)

MESMICE




Sempre que chegas
Com a mesma intenção
Minha emoção é a mesma
Na busca da solução
Só que desenhas
Um mapa de interrogação
Confundindo as perguntas
Embaralho-me nas respostas

Busco logo uma saída
Às vezes não tem espaço
Eu fico sempre perdida
No abraço projetado
É que amor com medida
Termina sempre em fracasso
E eu fico arrependida
Das coisas que eu não faço.
(Duda Flores)

SEM ENGANO



Prefiro que estejas aqui
Perto de mim
Prefiro que estejas aqui
Fazendo comigo o que eu faço
É sem engano, bem sei que assim
Tu podes pensar
Que quero é roubar o teu espaço
Não, não é não
Eu prefiro te ver todo dia
Se possível te tocar toda hora
Não é cansaço tua boca na alegria
Não é cansaço te ouvir na aurora
Meu pensamento é ficar contigo
Não importa o tamanho do teu passo
Não vou medir nem pesar o perigo
De me tornar a ser o teu cansaço
Quero o teu amor qualquer medo
Ainda que pareça impossível
Se isso parece um apelo
Tomara que tu ouças o que digo
O amor que ponho nesses versos
Não se mostre a eles adverso
Prefiro que estejas aqui
Fazendo comigo o que eu faço
É sem engano bem sei que assim
Tu podes pensar
Que quero é roubar o teu espaço

Não quero não
Eu só quero é ficar ao teu lado.


(Duda Flores)